As reações agudas de hipersensibilidade a meios de contraste (RAHC) em imagiologia são consideradas pouco frequentes; são habitualmente ligeiras, mas podem ser potencialmente fatais.

Apesar de existirem recomendações nacionais e internacionais sobre a sua abordagem, não existe um protocolo clínico que integre a visão de todas as especialidades envolvidas (Imagiologia, Imunoalergologia e Medicina Intensiva).

Pretendeu-se estabelecer um protocolo prático de utilização transversal e adequada à realidade hospitalar, que inclua a definição das reações adversas e sua classificação, a identificação de factores de risco para a ocorrência de reação de hipersensibilidade, a abordagem diagnóstica e terapêutica e de orientação dos doentes com RAHC.

Realizou-se uma revisão não sistemática das recomendações nacionais e internacionais acerca da abordagem das RAHC, publicadas pelas sociedades científicas de Imagiologia, Imunoalergologia e Medicina Intensiva e o protocolo foi elaborado por consenso de peritos destas especialidades.

As reações adversas não renais subdividem-se em reações quimiotóxicas (relacionadas com as características de cada contraste) e reações de hipersensibilidade (com envolvimento de mediadores imunológicos de forma IgE e não IgE mediada); podem ser classificadas em ligeiras, moderadas e graves com abordagens terapêuticas específicas. Constituem os principais factores de risco para a sua ocorrência, a reação prévia a meio de contraste e a asma brônquica. A pré- medicação diminui a probabilidade de ocorrência de sintomas, mas não exclui a possibilidade de reação grave. Os doentes com suspeita de reação de hipersensibilidade devem ser encaminhados para a consulta de Imunoalergologia para diagnóstico definitivo, orientação para redução de risco e escolha de meio de contraste alternativo.

A inserção de alertas clínicos, assim como a notificação deve ser assegurada.

Este protocolo clínico de consenso de peritos, baseado nas indicações nacionais e internacionais atuais, pretende ser uma ferramenta passível de utilização na prática clínica aquando da abordagem do paciente a realizar exames imagiológicos que necessitem de meio de contraste.

Palavras-chave: Meios de contraste; Hipersensibilidade; Reação adversa; Imagiologia.

Non operative management is currently the standard treatment of blunt abdominal solid organ injuries grades I-IV (American Association for the Surgery of Trauma’s organ injury scale) in children. Even though post-traumatic splanchnic pseudoaneurysms are an infrequent complication, they may potentially lead to life-threatening intraperitoneal or retroperitoneal bleeding. In adults, the relationship between failure of conservative management in abdominal trauma patients and delayed rupture of a pseudoaneurysm identified in follow-up imaging is well established, as is the capability of selective angioembolization to decrease non operative management failure rate. In the pediatric population, the clinical and prognostic significance of splanchnic pseudoaneurysms remains controversial and, currently, there are no high-level evidencebased guidelines on its management. The authors of this paper present 3 cases of posttraumatic abdominal pseudoaneurysms in children which were identified in imaging exams after conservative management, successfully treated by selective embolization, and a review of the literature regarding this subject is also presented. Although prospective randomizedcontrolled trials are needed to better define the incidence, natural history and optimal management of abdominal PAs in pediatric blunt abdominal trauma, we believe that selective angioembolization provides a safe and effective therapy for its treatment and should be considered as part of the multidisciplinary trauma management protocol in children.

Keywords: Blunt abdominal trauma; Children; Pseudoaneurysm; Interventional radiology; Angioembolização.